quinta-feira, 28 de maio de 2009

Incubus anuncia faixas da primeira coletânea

Compilação deverá ser lançada no próximo mês

Por Luciana Aguiar

Com 18 anos de trajetória, a banda norte-americana Incubus anunciou recentemente o conteúdo da primeira coletânea, “Monuments and Melodies”, que deverá ser lançada no exterior no próximo mês. O the best incluirá, além dos grandes hits, raridades como uma versão de “Let´s Go Crazy” do Prince.

A compilação, que chegará às lojas em formato de cd duplo ou vinil quádruplo, trará um código que permite aos fãs acesso direto a downloads exclusivos de vídeos, imagens e músicas no site da banda (http://www.enjoyincubus.com/). A coletânea conta, ainda, com as canções inéditas “Black Heart Inertia” e “Midnight Swim". O lançamento marcará o início de uma turnê que, infelizmente, por enquanto, só tem shows marcados para os Estados Unidos.

A banda, que se apresentou no Rio de Janeiro em 2007, foi formada em Calabasas, na Califórnia, no início da década de 90, à princípio, com covers do Metallica e do Megadeth. Posteriormente, com novas composições, o Incubus se destacou por incorporar à musicalidade “pesada” e melódica da banda elementos eletrônicos em suas composições, destacando-se, assim, como gênero alternativo. As canções, feitas na maioria das vezes pelo vocalista e percussionista Brandon Boyd, contém elementos das filosofias budista e taoísta. Os outros integrantes da banda são Mike Einziger (guitarra), Ben Kenney (ex-baixista oficial da Banda The Roots) e o DJ Kilmore (turntables e piano). O primeiro album, “Fungus Amongus”, foi lançado em 1995.

Com o terceiro album, “Make Yourself”, a banda ganhou projeção e vendeu mais de dois milhões de cópias. Em 2001, o vídeo da (linda) canção “Drive” ganhou o prêmio de melhor vídeo na categoria Melhor Grupo do Video Music Awards da MTV americana. Em 2004, com o single “Megalomaniac”, a banda expressa uma crítica política a George Bush. O último album lançado foi “Light Granades”, em 2006.

Abaixo, os vídeos de “Drive” e “Megalomaniac”, respectivamente, dos albuns “Make Yourself" (2001) e "A Crow Left of The Murder” (2004):





Em 2007, quando tivemos o privilégio de assistir à apresentação carioca da banda, uma das performances que mais nos impressionou foi a da parte instrumental da canção “Sick Sad Little World”. Abaixo, a versão que está no DVD oficial “Look Alive”:



Confira, abaixo, as faixas da coletânea:


CD 1
01 "Black Heart Inertia"

02 "Drive"

03 "Megalomaniac"

04 "Anna Molly"

05 "Love Hurts"

06 "Wish You Were Here"

07 "Warning"

08 "Stellar"

09 "Talk Shows On Mute"

10 "Pardon Me"

11 "Dig"

12 "Oil And Water"

13 "Are You In?"

14 "Nice To Know You"

15 "Midnight Swim"


CD 2

01"Neither of Us Can See"

02 "Look Alive"

03 "While All The Vultures Feed"

04 "Pantomime"

05 "Anything"

06 "Punch Drunk"

07 "Admiration"

08 "Martini"

09 "A Certain Shade of Green (Acoustic)"

10 "Monuments And Melodies"

11 "Let's Go Crazy"

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Murmur, do R.E.M: um album “out of time”...

A obra que revolucionou o som dos anos 80 ganha edição de luxo


Por Rodrigo Monteiro Gonçalves


O R.E.M. nasceu em Athens, cidade americana da Geórgia, em 1980, e marcou o momento exato após o movimento Punk. A banda formada por Michael Stipe (vocalista), Peter Buck (guitarrista), Mike Mills (Baixista) e Bill Berry (baterista), liderou uma volta à garagem do underground americano com o lançamento do álbum “Murmur”, em 1981.
Considerado uma obra prima pelos críticos musicais, o disco alcançou o primeiro lugar das rádios universitárias norte americanas e foi elogiado até pela revista Rolling Stones, ultrapassando trabalhos como “War”, do U2 e “Thriller” de Michael Jackson. Com um album diferente, o R.E.M. bateu de frente com a indústria cultural da época, que cultuava o new wave, e tornou-se influência de muitos grupos que surgiram com seu “college rock”.

Após 27 anos, “Murmur’ ganhou uma nova roupagem. Virou cd duplo com músicas remasterizadas, que conta também com uma apresentação que o grupo fez em Toronto, em 83. Ainda inédito no Brasil, a edição começa com o sucesso “Radio Free Europe” e traz outras pérolas do R.E.M. como “Talk about the passion”, “Sitting Still” e “Laughing”, não tão conhecida do público, mas muito intensa com os acordes da Rickenbacker de Mr. Buck. A balada “Perfect circle” também é destaque de um cd completo, em que todas as canções têm suas qualidades.
O disco ao vivo já demonstrava o talento da banda, mas a performance de Stipe é arrebatadora. Desde cedo ele já sabia como inflamar a plateia. O cd ainda conta com um bônus de “Carnival of sorts (Boxcars)”.

Assim como em “Murmur”, a banda pretende relançar seus antigos álbuns. Essa é uma ótima idéia de um grupo ainda na ativa e que voltou à sua melhor forma com “Accelerate”, lançado no ano passado sem o baterista original, que resolveu abandonar o meio musical. A turnê deste disco trouxe a banda ao Brasil em novembro de 2008.
Seus maiores sucessos de vendas foram os trabalhos “Out of time”, de onde surgiu “Losing my Religion” (você já deve ter escutado...), de 1990 e Automatic for the people”, de 92.

Mas não é só isso, ainda postaremos muito sobre o R.E.M., que é uma das grandes bandas do cenário mundial, aqui no Estranho Ímpar.

As faixas:

CD 1: Murmur

01. “Radio Free Europe”
02. “Pilgrimage”
03.. “Laughing”
04. “Talk About the Passion”
05. “Moral Kiosk”
06. “Perfect Circle”
07. “Catapult”
08. “Sitting Still”
09. “9-9″
10. “Shaking Through”
11. “We Walk”
12. “West Of The Fields”


CD 2: Live at Larrys Hideaway (Toronto / Canadá)

01. “Laughing”
02. “Pilgrimage”
03. “There She Goes Again”
04. “7 Chinese Bros.”
05. “Talk About the Passion”
06. “Sitting Still”
07. “Harborcoat”
08. “Catapult”
09. “Gardening at Night”
10. “9-9″
11. “Just a Touch”
12. “West Of The Fields”
13. “Radio Free Europe”
14. “We Walk”
15. “1,000,000″
16. “Carnival of Sorts (Box Cars)”
Abaixo, o vídeo da 1ª apresentação na tv americana, no programa David Letterman, em 1983:

sábado, 16 de maio de 2009

Keane mostra simetria perfeita ao público carioca

Da série shows inesquecíveis de 2009
Por Luciana Aguiar

Foto: divulgação
A apresentação da banda inglesa, que aconteceu no Rio de Janeiro no dia 13 de março, foi memorável não apenas pela perfeição vocal demonstrada por Tom Chaplin — esta, aliás, é velha conhecida dos fãs, mas ao vivo o impacto da voz aguda do cantor é ainda maior — mas também, pela grande interação com o público. Em uma noite tempestuosa na qual muitos dos que se dirigiam até a Zona Oeste da cidade chegaram a enfrentar um trânsito de até duas horas, Chaplin, ao subir no palco aconselha, em um português “inglesado”: “hoje, esqueçam os seus problemas e divirtam-se!”. Era o gancho para o início de um evento único.


Ao abrirem o show com os hits “The Lovers are Losing” e “Everybody´s Changing”, a primeira do álbum mais recente Perfect Symmetry e a outra, tão linda e animada quanto, de Hopes and Fears, de 2004, os integrantes da banda empolgaram, de cara, o público. O palco multicolorido e as luzes incessantes foram os panos de fundo perfeitos para a alegria inspirada pelo Keane.


A banda surgiu em 1995 mas só tornou-se conhecida no Brasil em 2003, por usar piano e teclado ao invés de guitarras. As composições, em sua maioria de autoria do baixista e pianista Tim Rice-Oxley, versam, entre outros aspectos, sobre os modos de ver a vida, a juventude e o amor de um modo bastante característico e poético. Na apresentação carioca, aliás, a performance da composição de Rice-Oxley, “Early Winter”, gravada pela cantora Gwen Stefani também foi surpreendente.

Foto: Rodrigo Gonçalves
Outro ponto alto do show, entre inúmeros outros, foi durante a balada dançante “Sunshine”, que contou com efeitos belíssimos de luzes brancas e amarelas. Depois do bloco acústico, do qual também fizeram parte as canções “Playing Alone” e “Try Again”, outro momento marcante foi quando o Keane tocou “Under Pressure” do Queen, para delírio dos fãs balzaquianos que se esbaldaram diante dos olhares curiosos de alguns (poucos) fãs mais novos que comentavam: “Ué, essa música é nova? Não conhecia...”. Ao terminar a apresentação com a belíssima “Crystal Ball” tocada após o primeiro hit “Somewheare Only We Know”; esta, aliás, foi cantada quase que em oníssono pelo público, a banda levou os fãs a um quase transe coletivo...


Se pudesse definir esse show em uma palavra, certamente, seria: memorável! Sob todos os aspectos, o Keane, que já havia vindo ao Brasil na tourné 2006/2007, deixa saudades e a esperança de um retorno... que seja em breve!
Set List:
The Lovers Are Losing
Everybody's Changing
Again & Again
Nothing In My Way
Better Than This
A Bad Dream
This Is The Last Time
Spiralling
The Frog Prince (acoustic)
Try Again (acoustic)
Early Winter
You Haven't Told Me Anything
Leaving So Soon?
You Don't See Me
Perfect Symmetry
Somewhere Only We Know
Crystal Ball
Under Pressure (Queen cover)
Is It Any Wonder?
Bedshaped

O vídeo oficial de Perfect Symmetry:

O vídeo oficial de This is the last time:

terça-feira, 12 de maio de 2009

Bem, amigos...


Apesar da nossa fissura em postar logo a resenha sobre o maravilhoso show do Oasis, o blog ainda está em fase de construção!

sábado, 9 de maio de 2009

Oasis no Rio

Banda inglesa supera brigas internas e faz um grande show para o público carioca

Por Rodrigo Monteiro Gonçalves

Foto: divulgação
O dia começou nublado no Rio de Janeiro, lembrando muito o clima característico da Inglaterra. Este fato talvez parece ter inspirado os integrantes do Oasis, banda inglesa da cidade de Manchester, a fazer a melhor apresentação deles em terras brasileiras. A banda tem 18 anos de carreira, mas explodiu mundialmente em 1994 com o álbum “Definitely Maybe”, tinha se apresentado no Rock in Rio de 2001, com uma apresentação considerada morna pelos críticos, e em 2006, em São Paulo.



Os líderes do grupo, os irmãos Liam (vocalista) e Noel Gallagher (guitarrista e compositor) estão constantemente metidos em confusões e também são famosos por viverem brigando, sempre freqüentando as páginas dos tablóides ingleses. Aliás, durante esta passagem pela América latina em divulgação do último trabalho, “Dig out your soul”, lançado no ano passado, Noel escreveu em seu blog que a banda é um barco sem rumo enfrentando uma tempestade, e isto estaria ligado a falta de compromisso dos outros integrantes.

Mas não foi exatamente o que se viu na noite do dia 7 de maio de 2009 em uma casa de shows da Barra. Para a alegria de mais de oito mil fãs, o Oasis se portou muito bem e a sintonia entre seus integrantes foi perfeita. Pontualmente às 22 horas, ao som da introdução “Fuckin in the Bushes”, os rapazes de Manchester foram entrando aos poucos e em “Rock and Roll Star” começaram a mostrar ao que vieram. O público delirava e Liam começou dizendo que era muito bom estar de volta. Com certeza, meu caro, e não poderia ser melhor. Com uma seqüência de arrepiar, a banda detonou petardos como “Lyla”, “The Shock of the lighting” e “Cigaretts & alcohol”.

Foto: Luciana Aguiar
No meio da apresentação, a banda alternou músicas antigas com algumas novas, como “Waiting for the Rapture”, que tem um dos melhores riffs de Noel e “I’m Outta Time”, belíssima canção que entraria perfeitamente no disco de maior sucesso do grupo, “What’s the Story (Morning Glory)”, de 95, que vendeu mais de 20 milhões de cópias no mundo. E é exatamente deste álbum que veio o clímax da noite. “Wonderwall” surgiu na voz poderosa de Liam e a platéia veio abaixo, cantando junto o tempo inteiro.
Aparentemente de bom humor, Noel brincou com a aparência do tecladista da banda, e disse ter conhecido a Praia de Copacabana e avistado o Cristo Redentor.

Na parte final do show, a acústica “Don’t Look Back in Anger” fez o povo cantar no lugar de Noel e “Champagne Supernova” emocionou os fãs com seu ótimo refrão. A última canção foi uma cover dos Beatles, “I am The Walrus”, que fechou muito bem o set list.

O único ponto negativo foi a falta de “Live Forever”, para mim, uma das melhores músicas do Oasis, apesar dos inúmeros pedidos do público. Alguns hits também ficaram de fora, como “Roll With It” e “Stand By Me”. No final, Liam pegou uma bandeira brasileira, colocou-a na cabeça e a jogou de volta para o público!? Ah, e saiu sem se despedir... Mas vale destacar a competência dos outros integrantes, o baixista Andy Bell, o guitarrista Gem Archer e o virtuoso Chris Sharrock, o 4º baterista da história do Oasis.

Resta aos cariocas aguardarem a próxima visita dos irmãos Gallagher, que esta semana ainda passa por São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, fechando a turnê latina. Mas Noel pensa em dar um tempo no Oasis e cuidar da carreira solo. Vamos aguardar...

Não podemos esquecer também do show de abertura. Os gaúchos do Cachorro Grande esquentaram o público com a participação especial de Samuel Rosa, do Skank.

Uma noite incrível e intensa, que vai ficar na memória dos fâs do Oasis, que apesar das constantes turbulências, ainda é uma das melhores bandas de rock da atualidade.
Setlist:
Fuckin in the Bushes (Introdução)
Rock’n’Roll Star
Lyla
The Shock of the Lightning
Cigarettes & Alcohol
The Meaning of Soul
To Be Where There’s Life
Waiting for the Rapture
The Masterplan
Songbird
Slide Away
Morning Glory
Ain’t Got Nothin’
The Importance of Being Idle
I’m Outta Time
Wonderwall
Supersonic
Don’t Look Back in Anger
Falling Down
Champagne Supernova
I Am The Walrus
Abaixo o vídeo de Champagne Supernova: