quarta-feira, 17 de março de 2010

A-ha se despede do Rio com show emocionante


Por Rodrigo Gonçalves

Foi a segunda melhor apresentação da banda norueguesa A-ha no país. Perdeu somente para os dois shows históricos numa Apoteose lotada, em 1989, no auge da banda. No último sábado (13), o trio se despediu do público carioca, pois resolveram terminar as atividades no fim de 2010, relembrando sucessos e baladas dos mais de 20 anos de carreira.


Mas antes de falar do show, vamos voltar ao final dos anos 80 e início dos 90, onde o a-Ha era uma verdadeira febre no país. As Fms tocavam "Take On Me", "Cry Wolf", "Touchy!" e "You Are The One" sem parar. As garotas se descabelavam. A banda norueguesa vendia muito, mas muito mesmo. Hoje, as coisas mudaram um pouco...


Os fãs trintões, um pouco menos histéricos, curtem mais a banda na sua maturidade. Morten Harket, o vocalista, continua dando os seus agudos praticamente perfeitos, mas quase não se movimenta pelo palco, talvez mais concentrado em sua música, diferente de outras épocas. A interação com o público ficou a cargo do simpático tecladista Magne Furulhomen. o guitarrista Paul Waaktaar-Savoy era o mais quieto. As músicas mais aplaudidas e cantadas em coro ainda são os velhos sucessos do final dos anos 80.


Ou seja, o A-ha ficou mais maduro, mudou seu comportamento no palco e mesmo assim, não deixou de emocionar seus fãs. As cercas de 7 mil pessoas que foram ao Citibank Hall relembraram de sua infância e adolescência, certamente cercada de melodias dos noruegueses.


Quando o show começou, por volta das 22h20, com a introdução do compositor clássico norueguês Edvard Grieg, a multidão já ocupava seu lugar para ouvir a boa "The bandstand", do último disco "Foot of the mountain", que abriu o show, seguida pela faixa-título e por "Analogue” de 2005. A primeira parte do show foi marcada por músicas mais recentes e, é claro, deixaram o ápice para depois.


Sempre focando suas músicas no SynthPop dos anos 80, o trio derramou pérolas inesquecíveis como "The blood that moves the body", "The living daylights", do filme 007-Marcado para morrer, além de "Stay on these roads" e uma versão acústica de "You are the one", canção que não tocavam há muito tempo. Um grande telão, atrás da banda, mostrava clipes originais das músicas e ajudava a manter a emoção, com visual de primeira.


Na parte final do show, a balada "Hunting high and low" derramou lágrimas em muita gente, e vendo que o fim se aproximava, o público vibrou com "The sun always shines on TV", nem se tocando com a falta de “Touchy!” no repertório, e após um breve intervalo, “Take on me” encerrou uma longa história de amor com os cariocas.


Antes de ir embora, os fãs ainda viram o nome da banda e o ano de 1985 juntamente com um agradecimento ao Rio, no telão. Ficam as lembranças da banda que bateu o recorde de público em um show pago, ao se apresentar para quase 200 mil pessoas no Rock in Rio 2, em 1991. O A-ha, em sua turnê de despedida, ainda passou por Bauru, São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife e Brasília.


P.S: A lamentar, somente a falta de organização do Citibank Hall. Filas enormes faziam es pessoas esperarem, em média, duas horas para pegarem seus ingressos, comprados com antecedência pela internet. Muita gente entrou com o show já iniciado...


Abaixo, o set list do show no RJ:

Bandstand

Foot of the Mountain

Analogue

Forever Not Yours

Minor Earth Major sky

Summer Moved On

Move to Memphis

The Blood That Moves the Body

Stay on These Roads

The Living Daylights

Early Morning

You Are The One

Crying in the Rain

Scoundrel Days

Swing of Things

Manhattan Skyline

I’ve Been Losing You

We’re Looking for the Whales

Cry Wolf

Encore 1

Train of Thought

Hunting High and Low

The Sun Always Shines on TV

Encore 2

Take On Me

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