quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Após mudança na sonoridade, Kings of Leon entra de vez no Mainstream. E isso não é ruim...

Por Rodrigo Monteiro Gonçalves

O Kings of Leon, banda americana formada pelos irmãos Followill, Caleb (guitarra e vocal), Jared (baixo), Nathan (bateria) e pelo primo Matthew (guitarra), lançou em 2003 o seu primeiro disco, chamado “Youth and Young Manhood”, atraindo toda a atenção da crítica inglesa, com destaque para a música "Molly's Chambers', que de cara se tornou o hit da banda.

Um ano depois, o segundo trabalho – “Aha Shake Heartbreak” – confirmou o crescimento dos caras. O álbum reafirmou a presença da banda no cenário internacional, vendendo mais de 500 mil cópias na Inglaterra em um ano. A partir daí, passaram a abrir shows do U2 e participaram de turnês com grandes bandas, como Pearl Jam e Bob Dylan. No terceiro (“Because of The Times”), e principalmente no quarto disco dos KOL (“Only by the Night”) ficou perceptível a evolução da banda e a vasta criatividade que eles conseguiram consolidar. Sucessos como “Close”, “Use somebody” e a enérgica “Sex on fire”, fugiram do estilo "Southern Rock" característico da banda, passando visivelmente para algo próximo ao grunge.
Com o número de fãs aumentando a cada ano e fazendo apresentações em grandes estádios, o quarteto do Tennessee emplacou seu quinto disco de estúdio este ano. Intitulado “Come Around Sundown”, o álbum está evidentemente mais encorpado, com refrões pegajosos (característica notada já no álbum anterior), que nada lembra a simplicidade dos primeiros discos. Mas isso não quer dizer que o cd não tem qualidade, muito pelo contrário!
As primeiras cinco canções já valem o investimento. “Radioactive” foi escolhido o primeiro single e “The end” abre o disco enfatizando os males da solidão (“when your all alone/thinking about a better day/when we had it in our bones”). “Pyro” é coisa linda, com claras influências dos amigos do U2, mas fica na sua mente como chiclete. Outros destaques são “Pickup Truck”, “Pony Up”, a “doida” “Mary” é a faixa mais diferenciada do disco, com distorções e onde Caleb tem a oportunidade de mostrar todo seu conteúdo vocal. “Birthday” é uma das minhas favoritas e “Back down south” lembra os primeiros passos dos caras, uma volta às origens, vamos assim dizer.

O baixo, sempre evidente, faz um dos principais trabalhos deste disco, que quanto mais você escuta, mais gosta. Em suma, “Come Around Sundown” é, sim, um belo disco, e aponta a nova sonoridade dos Kings, gostem os velhos fãs ou não. Talvez seja uma banda para tocar em locais pequenos, mas fica evidente a produção competente, boas canções e que ainda tem tudo para progredir ainda mais, musicalmente.

O vídeo de "Radioactive", o primeiro do novo álbum:


Nenhum comentário:

Postar um comentário